quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Potencialidades do Programa de Português para o Ensino Básico

Após o primeiro módulo de formação apraz-me concluir que o novo programa apresenta algumas potencialidades que poderão ser essenciais para o sucesso dos nossos alunos e para a nossa realização enquanto formadores de cidadãos reflexivos, participativos e esclarecidos, a saber:- Junção de todos os normativos legais num só documento, facilitando a leitura e permitindo uma articulação efectiva entre os mesmos;
- Programa pautado pelos princípios da progressão (entre ciclos e dentro do mesmo ciclo), articulação, continuum e transversalidade;
- Aprendizagens apoiadas num movimento ascendente: cada patamar deve consolidar competências anteriores e preparar o aluno para um momento de complexificação das abordagens;
- Programa de continuidade e não de ruptura, recuperando aspectos que já estavam consagrados no anterior programa, tentando fazer um ajuste entre os níveis de desempenho e resultados esperados e os recursos múltiplos, os diferentes contextos e as novas exigências da sociedade actual;
- Percepção do professor como facilitador de contextos de aprendizagem significativos, gestor de recursos variados e agente do desenvolvimento curricular e não apenas como um mero transmissor de conteúdos;
- Possibilidade de flexibilização atendendo aos Projectos Curriculares de Escola e Turma;
- Documento unificador dos três ciclos do básico, promovendo, como a colega referiu, um maior investimento do trabalho colaborativo entre os professores dos vários ciclos e uma percepção global das orientações para o Ensino Básico;
- Promoção da normatividade da Língua Portuguesa;
- Valorização da Língua Portuguesa como língua de escolarização e como disciplina curricular, prevendo a necessidade de se mobilizarem conhecimentos e competências para as restantes áreas do saber;
- Valorização e promoção do metaconhecimento;
- Promoção do trabalho integrado das competências específicas, não dispensando, no entanto, a atribuição de tempo específico para trabalhar cada uma;
- Consciencialização da complexidade dos processos subjacentes à escrita, possibilitando um "maior" investimento nesta competência específica;
- Confirmação da compreensão e expressão oral como competência com conteúdos programáticos específicos, incentivando-se uma maior formalização no seu desenvolvimento;
- Reconhecimento do valor do trabalho oficinal;
- Flexibilidade do corpus textual, apontando cinco critérios objectivos para a selecção de obras, mas deixando autonomia ao professor para fazer a mesma selecção considerando o contexto, os recursos e as características, ritmos de trabalho e nível de proficiência apresentados pelos alunos. A articulação com o Plano Nacional de Leitura e, futuramente, com o Plano Regional de Leitura é também uma mais-valia, uma vez que elenca um conjunto de obras de valor reconhecido;
- Promoção do trabalho com textos multimodais e de diferentes tipologias e finalidades;
- Valorização do literário enquanto pilar da construção da identidade cultural do aluno e de conhecimento do vastíssimo património cultural que nos foi legado;
- Instrumento capaz de reunirprofissionais dos três ciclos em prol da progressão, do contínuum, do saber-ser, saber-estar, saber-fazer.

Trabalho realizado por Sandra Patrícia Pereira  12/Novembro/2009 

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