terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Replicação II - Materiais

Materiais preparados, pelas formandas, para o acompanhamento na escola, tendo em vista a replicação do módulo II.


Plano de trabalho
Grupos
Guião de análise 1º Ciclo (a)
Guião de análise 1º Ciclo (b)
Guião de análise 2º Ciclo (a)
Guião de análise 2º Ciclo (b)
Guião de análise 3º Ciclo

Trabalhos realizados por Sandra Patrícia Pereira e Noélia Machado 16/Janeiro/2010

(baseados no material disponibilizado pelos formadores)

Replicação I - Materiais

Materiais preparados, pelas formandas, para o acompanhamento na escola, tendo em vista a replicação do módulo I.


Acta nº1
Plano de trabalho
Contextualização do NPPEB
Leitura
Compreensão do Oral e Expressão Oral
Escrita
Conhecimento Explícito da Língua

Trabalhos realizados por Sandra Patrícia Pereira e Noélia Machado 05/Janeiro/2010

(baseados no material disponibilizado pelos formadores)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Reflexão sobre o 2º módulo de formação

                                                 "Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
                                                                                                                                        Fernando Pessoa

 Com as diversas pedras que vão surgindo no caminho, o castelo vai ser majestoso e vai espelhar o trilho percorrido, as vicissitudes, as conquistas, a capacidade de mudança, enfim, a essência de ser professor! Estarei eu à altura? Espero que sim… no entanto, quanto mais aprendo, mais me apercebo do pouco que sei!
 E tantas são as “pedras” que são arrastadas por este Novo Programa de Português para o Ensino Básico. Múltiplas alterações implícitas; o apelo a uma capacidade grandiosa de nos adaptarmos às novas realidades educativas, sociais e conjunturais; complexas alterações que desafiam a nossa flexibilidade e maleabilidade.
Um mês volvido sobre o primeiro módulo, Novembro encerrava em si um misto de entusiasmo e de expectativa… Vários sentimentos tinham sido despertados no período que mediou os dois módulos, os pressupostos do programa começavam paulatinamente a intrometer-se nas minhas conversas e na minha prática, diversas opiniões começavam a ganhar consistência e as dúvidas avolumavam-se. O que esperar deste módulo?
 Esperava aprender; perceber melhor como iria operacionalizar as directrizes e os princípios orientadores veiculados pelo texto programático; entender como faria a ponte entre “o que fazer?” para o “como o fazer?”. Muitas pretensões para apenas dois dias de formação, bem sei…
 Vinte e seis de Novembro, nove da manhã, e a confrontação com a realidade: todos tínhamos dúvidas; todos queríamos mais e mais; todos sofríamos dos mesmos males e das mesmas alegrias. Como tal, as formadoras (talvez porque perceberam a nossa ansiedade) permitiram-nos uns momentos de partilha de experiências, de opiniões, de receios e anseios o que, a meu ver, em muito aligeirou o ambiente, dando o mote para uma formação mais activa, mais participada, mais consentânea com o paradigma reflexão-acção.
 Nesta sessão foi-nos permitido reflectir sobre algumas propostas de exploração didáctica das competências do Oral, do Conhecimento Explícito da Língua e da Escrita. Atendendo a todo o formalismo que deve ser considerado aquando do tratamento do oral, não poderíamos ter começado melhor. Foi-nos proposto delinear, em pequeno grupo, uma actividade de CEL decorrente da exploração da competência Compreensão do Oral. Todos os trabalhos tiveram por base a análise da lenda Tupi “Estrela de Água”, sendo que, a cada grupo, foi dada a liberdade de didactização e de selecção do descritor de desempenho a trabalhar. A metodologia revelou-se profícua no momento da apresentação dos trabalhos em plenário, uma vez que foram exploradas várias soluções, apresentadas várias sugestões de actividades, espelhando a pluralidade de abordagens subjacentes a um conteúdo, competência ou descritor. Reflectiu, igualmente, a realidade que pode ser o princípio da progressão e complexificação que tão preconizado é pelo NPPEB, uma vez que um mesmo suporte áudio, pôde ser trabalhado nos três ciclos, obedecendo a sua análise às capacidades já evidenciadas pelos alunos e aos resultados que se visam atingir com esta experiência de aprendizagem. Foi possível verificar que da defesa dos trabalhos, da definição do seus pontos fortes e também, sempre que se justificou, das suas fragilidades, reiterámos, reformulamos ou abandonamos opiniões que nos eram próprias e que pautavam a nossa prática. Compreendemos, a partir da nossa acção, que muitas vezes relegamos a compreensão do oral para segundo plano, que facilmente abandonamos a oralidade e nos voltamos para o suporte escrito e que, quando bem orientado, o aluno consegue desenvolver uma panóplia de exercícios decorrentes da audição.
Deste momento da sessão, retirei, igualmente, que no tratamento do CEL, é fundamental criar a necessidade de aprender, uma vez que esta competência deve assentar num conhecimento que os alunos possuem implícita e inconscientemente e que se pretende que se transforme gradualmente num conhecimento explícito, na medida em que o aluno deverá, progressivamente, ser capaz de explicitar regras e procedimentos da língua no âmbito da sua expressão oral e escrita. A necessidade de prever, na programação, o reinvestimento do CEL nas outras competências; a importância do trabalho oficinal e laboratorial com ênfase no trabalho pela descoberta, com planificação, observação e descrição de dados, incluindo a formulação de hipóteses e a testagem com novos dados, sem esquecer a sistematização e o treino, de modo a finalizar com a avaliação do processo e do produto foram também premissas cujo resultado prático me foi permitido testar. Não que estes sejam conceitos para mim desconhecidos, contudo, nem sempre a minha prática os traduz. Muito poderia dizer a meu favor: o tempo que este tipo de metodologia requer, a preguiça dos alunos que cada vez mais estão habituados a que pensemos por eles; o deficiente apetrechamento das salas de aula; a extensão dos programas; enfim… Mas talvez nenhuma delas reflicta, efectivamente, a verdadeira razão. Penso que a minha prática é, por vezes, condicionada pela necessidade de “mostrar trabalho”, de levar os alunos por um caminho que lhes permita a obtenção de melhores resultados nos momentos de avaliação externa, mesmo que, na maior parte das vezes, esse trabalho se postule como bastante redutor, na medida em que se trabalha os conhecimentos em prol das competências. Já experimentei actuar com base nos princípios e nos pressupostos que este novo programa vem agora consagrar. Os resultados foram animadores, os alunos demonstraram ser capazes de mobilizar as competências para situações de uso diário, contudo, os resultados apresentados nas PASEs ou Exames Nacionais nem sempre testemunharam essa mesma proficiência. Entretanto, tenho desenvolvido o meu trabalho atendendo a uma lógica de equilíbrio, em que ora são privilegiadas as competências ora são favorecidos os conteúdos. Encontro-me ainda, como é visível, num momento de definição de linhas de acção, de afirmação do meu método. Será que já deveria ter passado para outro patamar? Às vezes penso que sim, mas outras vezes ouço a voz da razão dizer que a resposta para as minhas dúvidas decorrerá da experimentação e da reflexão. Penso que sete anos de serviço ainda deixam margem para muitas hesitações e reformulações. Será que algum dia chegarei ao método certo? Será que existe? Se calhar procuro o impossível… talvez essa adequação dependa de cada contexto, da matéria-prima… Talvez nunca encontre o que procuro, no entanto, acredito que vou crescendo e aprendendo nessa busca.
Voltando agora à formação: a competência do Conhecimento Explícito da Língua aparece, agora, apoiada numa nova terminologia que muito me tem preocupado. Apercebo-me que tenho tanto para (re)aprender! Agradou-me, como tal, a exploração que foi feita de alguns conceitos que incorporam o Dicionário Terminológico e que, em muito, contribuiu para desmistificar a noção de “novidade” que está normalmente associada a este documento. A ver vamos!...
 A competência da Escrita teve, do mesmo modo, o seu tratamento assegurado neste módulo, reiterando-se o princípio de que o ensino da escrita tem de ser explícito, sistemático e supervisionado, sendo fulcral variar ao nível dos contextos, das tarefas a desenvolver, dos destinatários, das técnicas e das estratégias. Reforcei a minha consciencialização da importância das três fases da escrita como partes de um processo que conduz a um todo unificado. Tinha a ideia de que não precisava de trabalhar todas as etapas sempre que fazia um texto e trabalhava de acordo com esta convicção. Depois desta sessão, apercebi-me que é um erro tentar rever todas as falhas de um texto sob pena da atenção dos alunos se dispersar por múltiplas questões não apreendendo concretamente nenhuma delas. Experimentei, na semana que se seguiu ao 2º módulo, apresentar uma actividade de aperfeiçoamento de texto a uma das minhas turmas de sexto ano. Depois de lido o texto em questão, inquiri os alunos sobre os aspectos que poderiam ser melhorados, fazendo uma listagem; de seguida, tentamos, em grande grupo, perceber quais dos aspectos apontados poderiam contribuir, de forma mais efectiva, para uma revisão que melhorasse substancialmente o produto final. Seleccionámos o recurso excessivo à expressão “e depois” e a deficiente ou mesmo incorrecta utilização ou omissão da vírgula. A partir desta revisão foi-me possível abordar estes dois conteúdos, parecendo-me que os alunos apropriaram-se, pela acção, pela manipulação, das correcções feitas. Espantaram-se, referindo que o produto final ainda continha imperfeições, mas compreenderam que “Roma e Pavia não se fizeram num dia” e que com treino e afinco iriam aprender a escrever, escrevendo. Pareceu-me que esta metodologia foi revestida de maior significação e pertinência. A Escrita é, sem dúvida, um processo para o qual são requeridas várias competências, sendo assim uma das áreas estruturantes da Língua Portuguesa em que os alunos evidenciam maiores lacunas. Como tal, vamos ensiná-los a falar, vamos apresentar-lhes a Língua e depois, talvez seja mais fácil e gratificante vê-los escrever.
 Balanço final: alguns progressos, ainda muito para aprender, uma vida para o fazer!

Trabalho realizado por Sandra Patrícia Pereira  15/Dezembro/2009


sábado, 2 de janeiro de 2010

Balanço da participação nos fóruns - Novembro e Dezembro

A minha participação nos fóruns tem ficado aquém do desejado essencialmente por falta de disponibilidade da minha parte, no entanto, conto participar com maior regularidade de forma a corresponder aos objectivos traçados. Não deixei, contudo, de dar a minha contribuição, cooperando em sete dos temas lançados pelos colegas, a saber: “A explorar a oralidade; TIC e avaliação de competências; As dificuldades dos alunos na produção de textos; Autores Açorianos / Obras que versem temas açorianos e Partilha de material”. Mais acrescento que este último foi sugerido por mim na tentativa de manter o espírito de inter-ajuda anteriormente revelado pelos formandos. Foi do meu agrado verificar que muitas têm sido as entradas neste espaço, sendo a plataforma um espaço de partilhas de ideias, experiências, convicções e, também, materiais. Só assim a prática docente faz sentido, só através da partilha conseguiremos dar resposta à pluralidade de exigências que pautam o papel do professor de Português nos novos programas.
Embora, a minha participação se tenha cingido ao supracitado, devo mencionar que tenho lido todas as intervenções e reflectido a propósito das mesmas. Sei, contudo, que se espera uma atitude mais participativa da minha parte, ao que tentarei corresponder.

Trabalho realizado por Sandra Patrícia Pereira  18/Janeiro/2010